PRISMA PERPENDICULAR



Eu sou um prisma
De tantos lados desiguais
E com tantos vértices incertos.
Às vezes não me reconheço
E ao me sentir preso
Nesse prisma, nessa cisma
Que é o descontrole emocional
Beirando  e beijando o irracional
Diante disso eu disfarço arestas
Eu corro sem ter nenhuma pressa
E num lampejo esqueço quem sou nessa
Então faço desfaço e me refaço em falsa festa
E finjo estar numa seresta plena de emoção
Pra dissimular absurdo que é ver assim sem razão
Em meio ao linchamento do mais puro sentimento
Em pré-execução pela multidão em insana aproximação.
Zaymond Zarondy
Enviado por Zaymond Zarondy em 28/05/2010
Reeditado em 26/07/2017
Código do texto: T2285534
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