PRISMA PERPENDICULAR
Eu sou um prisma
De tantos lados desiguais
E com tantos vértices incertos.
Às vezes não me reconheço
E ao me sentir preso
Nesse prisma, nessa cisma
Que é o descontrole emocional
Beirando e beijando o irracional
Diante disso eu disfarço arestas
Eu corro sem ter nenhuma pressa
E num lampejo esqueço quem sou nessa
Então faço desfaço e me refaço em falsa festa
E finjo estar numa seresta plena de emoção
Pra dissimular absurdo que é ver assim sem razão
Em meio ao linchamento do mais puro sentimento
Em pré-execução pela multidão em insana aproximação.