Sonho azul

de luz tão azul és feito
vens e tocas-me de leve
não queres que em mim acorde
o consciente inquieto
ao subtil suave toque de

teu beijo primeiro que
me roça e por mim desce
(não queres que eu acorde)
mas eis que ao beijo segundo
me levas para outro mundo

de uma das mãos a palma
à tua palma se cola
com a mão de luz que sobra
percorres-me com doçura

mordiscas-me o siso e
fico suspensa do arrepio
às nuvens do abandono

anseio um cálido sopro
mas és luz não mais
… eu durmo.