Sou réplica de mim mesma
Representando um ser ignorado
Projeção deformada de meu eu
Uma farsa infiel do que nem sou
Imito um ser que desconheço
Busco a manhã e simplesmente anoiteço
Busco o fim e sempre volto ao começo
Sou a face perturbada do imbecil
O pecado do ser angelical
O lado deformado do hominal
E o instinto falho do animal
Sou a fome do homem insaciável
A angústia do ser inconformado
E o pior ângulo do deformado
E mesmo assim, ainda vivo
E, por pior e inusitado, ainda amo
zuleide zhu valente
Enviado por zuleide zhu valente em 20/05/2010
Código do texto: T2269365
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.