Guerra
Longe de tudo e de todos,
Até onde podem alcançar dedo e toque.
O tato, como álibi cego,
Como aura no revogar dos fracos.
Sim, Perdoar em verdades,
Mas punir em silêncio.
Sim, Explodir um conflito,
Porém numa guerra de quietudes.
Eis que de um deserto de lamúrias
Surge um herege contato:
O contato das peles,
Ou contato sem tato.
Eis que me vejo em você,
Humano frio e cruel.
Tu, que se julga moderno e supremo
Mais que ainda cai no golpe do baú.
Eis que não estou em você,
Animal tolo e cruel,
Que é escravo, nas correntes de um tempo
Que nem sai do papel.