O Fantasma
E eis que ele surge do nada...
Em meio à neblina sombria.
E me ganha de tal forma.
E me possui por inteira.
Eis que a noite se cala.
E o silêncio fala ao coração.
Enquanto o meu corpo queima.
E se corrompe em sonhos.
Eis que é ele meu amor platônico.
O meu desejo mais intimo.
A minha necessidade louca.
Mais que meu estado de espírito.
Eis que de repente...
Na mesma neblina sombria.
Ele se vai, levando tudo de mim.
E me deixando apenas a Solidão.
Eis que nada mais tenho em mãos.
Apenas um gosto saudoso na boca.
Um queimar aguerrido no corpo.
E muitas lágrimas nos olhos.
Jin Oliveira
Araci - Ba 20 de novembro de 2009