O que sou?
Que sou eu, quem fui?
Sou amante brilhante,
Viajo em meus próprios versos,
Serpenteio minhas palavras por vales distantes
Pois de um coração distante sou egresso,
Sou infante viril de alma afável,
Maleável, carrego comigo mágoas,
As quais me ferem quando relembro,
Mas, que me fizeram ser mais forte,
Fizeram-me ser amável...
Do que fui outras vezes,
No romper da aurora,
A vida plena desarvora!
Desvencilho-me de sofrimentos mil,
Sou humana vida e de paixão inefável,
Ledo mestre de meus próprios ditos,
Pregresso de um coração infante...
Dely Thadeu Damaceno