Estações In-versos

Estações In-versos

Apaguei o dia com o fechar dos olhos

E acendi a noite com a minha insônia

Fiz sorrir a Lua no leito dos poemas

E chorar o Sol nos desvãos da poesia

Acalmei o vento com amor e paciência

E enfureci a brisa com meu sopro mágico

Molhei as estiagens com o suor do corpo

E enxuguei a chuva com o calor das mãos

Plantei afagos num céu fértil de carências

E colhi ternuras em solos vastos de razão

Doei flores e um buquê de primaveras

E recebi outonos para cultivar a paz

Porém, é fato que ainda guardo na alma

A suave essência das ausências azuis

Que de tão azuis, impregnaram minha alma

Com um sem fim de aromas e saudades

Portanto, vou acolher pra sempre o outono

Que um dia em minh’alma cálida

Fez soltar em desmedida demasia

Todas as folhas e flores

Dessa minha querida, porém intangível...

Primavera

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Toc...toc...toc...Tem alguém aí? Posso entrar?

Pode sim seu Inverno, pode entrar...

Pode vir, sem medo e sem receio

Que te aqueço com paixão

Que te recebo com ternura

Com meus sintomas de verão...

Elcio Turibepi