fria carne

quanto a carne crua
já pobre e podre de pensamentos
isenta da sanidade
cheirando a desilusões
de princípios seguidos
e descabidos
desprovidos do real
sentimento, há quanto tempo te foge a alma
que não suportou a morte da felicidade
dentro do corpo
saiu de sí
por coisas impostas
vazias respostas de um infinito conjugar
sem verbos, sem rima
em fria pedra, se esquiva dos afazeres
sem nada a ti dizeres
pois nada mais resta
a não ser aparar as arestas
de uma festa sem cor
de uma vida sem amor
sem o perfume da flor
cuida-te para que da vida sintas o verdadeiro
e oportuno sabor...
Gammy
Enviado por Gammy em 14/05/2010
Reeditado em 14/05/2010
Código do texto: T2256268
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