Sem nada vestido
Através da janela do mar
Ouvem-se os ruídos dos temores...
Daqueles que, por ventura de alguma incerteza,
Naufragaram sem os seus amores.
Mas, quando fito o seu olhar...
Ouço os suspiros que o amor pode me dar.
Mesmo aqueles escondidos, atrás das paredes fortificadas
Deste meu coração!
Por isso, vivo contemplando seu crepúsculo.
Navegando em busca desse impossível.
Quantas vezes me desfaço do alvoroço,
Que a solidão transforma numa ilusão.
Quantas vezes...
Estou só na lembrança de seus olhos que me comprazo?!
Eu sei que para alguns o mar é enfadonho...
Mas, eu vivo sem nada vestido; somente neste sonho.
De Magela