DIVAGAÇÕES
Ao acordar eu te beijo
e ternamente te abraço.
Levo o teu café na cama.
Falamos de sentimentos...
Pelos dias assim faço.
Olho os seios pontiagudos
que se deixam transparentes.
O teu corpo eu desejo
como da primeira vez,
e, suavemente, as mãos
descem pelo dorso abaixo.
Circundam tua cintura
e desobedientes seguem
desabotoando empecilhos
que insistem em proteger
a fonte dos meus mergulhos.
Conténs a respiração,
murmuras alguma coisa,
mas te deixas incontida
e desprovida de atos
ao roçar tuas virilhas.
Tu ofegas, eu não respiro.
Mal sabemos da manhã
e do que fazer no dia.
Tudo aí é o momento
e, atemporal o amor...
Não deveria acordar...