DIVAGAÇÕES

Ao acordar eu te beijo

e ternamente te abraço.

Levo o teu café na cama.

Falamos de sentimentos...

Pelos dias assim faço.

Olho os seios pontiagudos

que se deixam transparentes.

O teu corpo eu desejo

como da primeira vez,

e, suavemente, as mãos

descem pelo dorso abaixo.

Circundam tua cintura

e desobedientes seguem

desabotoando empecilhos

que insistem em proteger

a fonte dos meus mergulhos.

Conténs a respiração,

murmuras alguma coisa,

mas te deixas incontida

e desprovida de atos

ao roçar tuas virilhas.

Tu ofegas, eu não respiro.

Mal sabemos da manhã

e do que fazer no dia.

Tudo aí é o momento

e, atemporal o amor...

Não deveria acordar...

Vilmar Daufenbach
Enviado por Vilmar Daufenbach em 10/05/2010
Código do texto: T2249547