Abracadabra
Suspeito das linhas da minha mão
De todas elas,
Suspeito que são cúmplices
Dos descaminhos e ritos
Dos soluços aflitos
Nos negritos da minha ilusão...
Suspeito dessa mandala
Suspensa nos vãos dos olhos
Acho que também é cúmplice
Dos atropelos sensórios
De cada palmo de sonho
No ápice lume da vértice!
Suspeito que sou
Um sujeito de sorte
No universo da cabala
Porque a poesia me entra
Feito brisa gostosa
No mistério que avassala...