Fantasmais
Um fastasma me chamou, fez sussuros em ventos laterais,
Dos quais minha cortina balançou, dançando diante de mim,
Encantei-me com olhos negros a me fitar, tentei gritar...
Rolou dos meus olhos lágrima quente, sorri nervosa e insegura,
Diante "eu" estava de tal criatura, que nem saberia dizer quem é...
Corri pra dentro de mim, fechei a porta do meu coração,
Acelerei depressa em meu peito fuga vadia, queria o dia,
O findar daquela noite levaria consigo, este olhos negros,
Que tocavam-me sem mãos e inquietavam-me a alma.
Que pela solidão de uma espera secular, criou-o, e posta-se
Diante de mim a imagem do meu amor em cárcere.
E assombra-me, e me pede, a liberdade de outrora.
Com o egoísmo disfarçado em amor puro, tomei-lhe...
Sem poder ter-lhe pra mim, matei-lhe...
E ver-te-ei todo anoitecer, cobrar-me...