VENTOS DO ESQUECIMENTO
Todos os ventos
levam ao esquecimento.
Do ontem, do sorriso dado,
do sonho estéril e dos subsidiados,
da lágrima dolorosa e perdida.
Assim o espasmo de cada sonho
fenece sem sobrevida.
Sacrificadas, essas flores na janela
se acotovelam sobre mim
quando nada tem sentido
se meu débil espírito
não produziu mudas
e dorme à sombra
de um deus de vento
pelas carências exumado.
Em cada inexorável segundo
ventos do esquecimento
destróem a porta de um mundo
e abrem estradas no passado.
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