Paralelo sentir
Se em mim teu fogo ainda arde
Queima a última chama que teima em ainda ser
Contudo a entrega no febril desejo
É homérico em meu corpo o insano prazer
Descreve assim o poeta maior
Em seus livros ainda não editados
Que esses amantes efêmeros e sem freio
Anunciam um amor ridiculamente banal
Deita contornos inconfundíveis
Onde o todo se confunde com o nada
Em braços transitórios da palavra
No reverso inverso da vontade oculta
E de tanto querer se enforca o ócio
De alguma noite insone e sem céu
Em que eles realmente se encontrarão