Vincent Van Gogh
O BALOUÇO
Balouçam o espelho e a neblina.
Caracóis em ballet de engastes
se abrem em compasso,
vergantes entre pregas e traços,
sutís dobras da ribalta.
Balouçam os longos estribilhos
das retinas...
Dedilham-se acordes secos,
repentes estridentes, jograis
irreverentes,
folhas ao vento,
cataventos, índices,
alfabetos, luzes se esgrimam
e se furtam na contra-luz,
sem púlpito.
Sombras revoam e se delineam
claras, orvalhosas, cristalinas.
Sobrevoam sobre a multidão
em revoadas, flanando suas asas,
sua ascese, purpurinas...
(D.A.reservados)
O BALOUÇO
Balouçam o espelho e a neblina.
Caracóis em ballet de engastes
se abrem em compasso,
vergantes entre pregas e traços,
sutís dobras da ribalta.
Balouçam os longos estribilhos
das retinas...
Dedilham-se acordes secos,
repentes estridentes, jograis
irreverentes,
folhas ao vento,
cataventos, índices,
alfabetos, luzes se esgrimam
e se furtam na contra-luz,
sem púlpito.
Sombras revoam e se delineam
claras, orvalhosas, cristalinas.
Sobrevoam sobre a multidão
em revoadas, flanando suas asas,
sua ascese, purpurinas...
(D.A.reservados)