A voz da poesia
Ninguém me ouve, ninguém manifesta
Ao que falo, todos se calam. A unanimidade
Do silêncio me preocupa, faz-me sentir
Um inútil, uma imprestável, um nada.
Escrita sou princesa ou rainha da verdade
Ou da mentira, um antro de imbecilidade
Ou será que sou só palavras ao vento?
Como toda poema, busco nos versos
Soluções, verdades e correções
No que há de melhor para a humanidade.
É-se um péssimo artista quando a arte
O púbico não aplaude. É-se um João-ninguém
Um demérito, um desapreciado em busca do bem.
É preciso ouvir a arte e o artista,
Esse último e irrelevante, pode ser esquecido
Mas para que a obra tenha continuidade
Arte e o artista precisam ser ouvidos.