Nômade solitário

As vozes que saem do Eu

Rebate no SEU

E volta para o EU

Vejo-me te olhando

E vendo vou acreditando

O espírito se iguala

Na frase

No sorriso

Na fala

As vozes que saem do EU

Que vai ao SEU

Permanece no meu EU

Trilha minhas idéias

Fazendo te ver

Vendo- te

Vou vendo-me

Devendo a mim mesmo

O que sobra?

A tia?

O filho?

O espírito?

O Pai?

A mulher?

A sogra?

Percebo-me interiorizando

Daí eu canto

Pois meu encanto

É quando de canto

Espanto-me

Vendo-me cantando

O que sobra?

A esperança da sombra

Que anseia em brilhar

Sem brilho

Cai na escuridão

Apenas então sobra

O nômade

E sua pura solidão

guido campos
Enviado por guido campos em 25/04/2010
Código do texto: T2218294
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