Nômade solitário
As vozes que saem do Eu
Rebate no SEU
E volta para o EU
Vejo-me te olhando
E vendo vou acreditando
O espírito se iguala
Na frase
No sorriso
Na fala
As vozes que saem do EU
Que vai ao SEU
Permanece no meu EU
Trilha minhas idéias
Fazendo te ver
Vendo- te
Vou vendo-me
Devendo a mim mesmo
O que sobra?
A tia?
O filho?
O espírito?
O Pai?
A mulher?
A sogra?
Percebo-me interiorizando
Daí eu canto
Pois meu encanto
É quando de canto
Espanto-me
Vendo-me cantando
O que sobra?
A esperança da sombra
Que anseia em brilhar
Sem brilho
Cai na escuridão
Apenas então sobra
O nômade
E sua pura solidão