Agonia Nocturna
Agonia Noturna
(Ramon de Freitas Ribeiro)
O impulso e a bravura que eu perdia
A penumbra dos seus olhos de novo eu veria
A desonra e a fraqueza que eu cedia
A luz daqueles olhos jamais eu veria
Claro ou escuro, onde estiver
Dia e noite, o que vier
Agora no escuro você renasce
As sombras envolvem toda a face
Nas ruas desertas nada se ouvia
Esperando o raiar dum novo dia
Veja o seu corpo acima do chão
Ébrio na luz, extinto na escuridão
Agora em águas profundas e escuras demais
Esperando a falsa luz duma noite a mais