Coração trincado
Eu não saberia lhe amar,
tenho no peito minhas farpas...
O seu sorriso apara as arestas,
não curará este meu penar.
Transviado o meu destino,
amaldiçoado em casta,
E neste abismo que se abriu,
Tudo em volta ruiu...
Ainda sinto suas asas abertas,
a protejer e a cuidar,
Tens a vontade de amar,
e eu a morrer aos poucos.
Estou louco, perdido em mim,
porém minha escolha já fiz.
Permanecerei só e infeliz,
Deixai-me por agora, querubim.
Quem me tolhe é a dor,
O que me sustenta é a solidão.
Em meu encalce uma maldição:
Jamais há de me sorrir o amor.