DEVOLVIDO EM ÉPOCA NO BARRACÄO
Com a poesia rasteira
atiro meus verdes ambientados de paixão
na anti condição
maria sem vergonha
alisando a terra
de gente de flores
de altas folhas brancas
desprovido eu de palavras
deixava a poesia correr solta
envelhecida e rude
espinhenta chamava obtusa
ajuda dos galhos
pra subir nos maraltos
debruçados de tesão
caias a memória de doces
revestes vital os enterros
rejeitas o soro pintado de sangue
aceitas o ouro balangado
o sino
badalando a noite
na hora do recreio
de professora
que separa a África da América
com as pernas
e na região dos lagos
aquela arquitetura pesada
de conceito leve e anão
sob consentimento de puta
amor torturado por trova
abandonastes os seios e o colo
estourastes a bolsa
que vaza todo dinheiro
verde pega fogo e vende água da maré pra caranguejo de rejeito
devolvido em época
afogado em combustão
protegia-se da chuva
naqueles peitos enormes que dispõe
clube integral despendido
por suposições de si
em aplausos enrugáveis
reto ia em direção curva
turva nos olhos fechados
dos peixes desafogados
com idéias no papel não poeta
só escultura triste
mente até no anzol
com a língua de fora vendo
um enorme buraco negro de serpente
fisgada pelo pente
ligeira embota na mala
seu sonho ardente
com a tala faço belo barracão