Visão inquietante
Malfazente que não espera os dias
segue os rumos que entende ao acaso
Perde tempo em causas outras e doídas
Sendo a visão maldosa a vencer ainda.
Olha o verso ,o reverso , sente o vento
Na calada da noite em pensamento
Vadia assim a vida irada que se vai
Amizades , amores, que se perdem em ais.
Nada pensa, nem cogita em perguntar
O por quê de certas dores em relevo
Julga, aponta ,espeta a lança condenando
sem ao menos analisar o puro enlevo.
Olhos sonsos que vêem o que querem
olhos tontos a vagarem em noite escura
mal quereres ... anseios falsos a injúrias
Esfanicou onde lançou esculcas.
Esculpidor de almas retas ,como mestre
a apontar erros alheios com malícia
marcou a si de modo forte e malogrado
Com as mesmas lanças atiradas ao acaso...