UMA ROSA NA CANELA DO TONELEIRO

Pois a forma mais importante é aquela que significa,

é aquela que cumpre função.

Se a beleza ainda garante estética,

traço curva para atingir meta.

Na desconstrução, a reciclagem identificatória.

Na reconstrução da imagem civilizatória.

No reagir bi dimensional a encostar no céu,

esferas; as que importam serão planos,

acrescento o som da intuição no assinar do entendimento.

No eco; ruídos horizontais dão a volta no mundo,

as verticais esticam o pensamento,

as inclinadas passam sozinhas no relento.

Caso eu encontre a forma ideal,

expressará o momento correto e perfeito,

não o contrário ridículo.

O momento mais importante do artista

é aquele que relampeja incessante

e harmônico como uma corredeira

ou como dentro de uma oficina.

Como quando reestruturo os pés.

São descargas de dentro do mar e não que chegam ao mar.

Qual métrica cumpre equações sem o consentimento?

Humano é a régua curta medindo em movimento;

se já não há relações, o belo me indaga.

O feio me agrega por não sair do lugar,

porém em todo lugar.

Na existência oculta da visão

sai correndo até aparecer

e acrescento elementos variados na mesma circunstancia;

elementos exóticos, diversificados por padrão.

Faço um resumo aleatório do cheiro

e pelo sangue a luz refracta rosa

na canela do toneleiro.

Liso Carenu
Enviado por Liso Carenu em 06/04/2010
Código do texto: T2181521
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