UMA ROSA NA CANELA DO TONELEIRO
Pois a forma mais importante é aquela que significa,
é aquela que cumpre função.
Se a beleza ainda garante estética,
traço curva para atingir meta.
Na desconstrução, a reciclagem identificatória.
Na reconstrução da imagem civilizatória.
No reagir bi dimensional a encostar no céu,
esferas; as que importam serão planos,
acrescento o som da intuição no assinar do entendimento.
No eco; ruídos horizontais dão a volta no mundo,
as verticais esticam o pensamento,
as inclinadas passam sozinhas no relento.
Caso eu encontre a forma ideal,
expressará o momento correto e perfeito,
não o contrário ridículo.
O momento mais importante do artista
é aquele que relampeja incessante
e harmônico como uma corredeira
ou como dentro de uma oficina.
Como quando reestruturo os pés.
São descargas de dentro do mar e não que chegam ao mar.
Qual métrica cumpre equações sem o consentimento?
Humano é a régua curta medindo em movimento;
se já não há relações, o belo me indaga.
O feio me agrega por não sair do lugar,
porém em todo lugar.
Na existência oculta da visão
sai correndo até aparecer
e acrescento elementos variados na mesma circunstancia;
elementos exóticos, diversificados por padrão.
Faço um resumo aleatório do cheiro
e pelo sangue a luz refracta rosa
na canela do toneleiro.