Tempero Mórbido
Filho da noite,
Tuas mãos estão feridas
Pelo odor da carnificina
Espalhada pelos açoites.
Teu corpo parece branco,
Está opaco, sem luz...
Que cadáver te seduz?
Nomeia teu pranto!
Tua alma está flagelada,
Está carcomida pelos vermes
Que saboreiam tua carne...
Os urubus estão na estrada,
Carregam em seus bicos os germes
Que darão tempero à tua arte!