SONHO DE QUEDA LIVRE
E então me joguei
E tinha gosto
Sentir o vento no rosto.
Do alto não fazia esforço
E sentia a queda sublime.
Céu azul de brigadeiro,
Nuvem fofa de algoão,
Vento forte de veraneio
E cada vez mais perto o chão.
Não queria que acabasse
Vôo meu de liberdade
E mais perto chegava
A iminente colisão.
E foi estrondoso
Meu encontro como solo.
Mas voei...flutuei...como cegonha.
Triste foi a lágrima
Ao se encontrar com a fronha.