Para reler
Dói em segredo o que já se foi de mim,
talvez ao teu encontro,
esse tão doce monstro tão distante,
ou quem sabe..., esse anjo tão próximo.
Caminho para te achar e sentir,
tu e tua flor..., eu colibri...,
dois andarilhos sem jardins,
mas cheios de nortes.
Quando tudo findar-se haverá releituras,
e a tua mão estendida não estará mais pura
e o meu veneno não mais te será tragável.
Há dores que são infinitamente suportáveis,
doces olhares lucidamente bem guardáveis
e sendo assim, entre nós se há dor tecemos gargalhadas
e quando erramos o nosso melhor lugar foge das estradas,
entra em nós e tudo é-nos justamente merecido.