TERROR

A PORTA ABRIU
                  SOZINHA
      SE VIA A SALA, MEU QUARTO E A COZINHA
              ERA UMA CASA ALUGADA,
NOS MEUS PRIMEIROS DIAS DE NÚPCIAS
   UMA CADEIRA MARRON, UM FILTRO DE BARRO,
UMA ESTEIRA, DOIS TRAVESSEIROS E UMA LAMPARINA.

A MENINA BOA, O MENINO BONZINHO,
CAFÉ DA MANHÃ, PÃO DOCE
ALMOÇO, TINHA ESCONDIDINHO,
A JANTA SOPA TOMADA DE CANUDINHO

A PORTA FECHAVA SOZINHA,
NÃO VIA MAIS NADA,
A casa FINCADA NOS FUNDOS DE UM CORREDOR INFINITO,
SÓ TINHA DE ILUMINAÇÃO A ESCURIDÃO DAS BANANEIRAS

LEMBRO BEM SE BATIA DO OUTRO LADO ESCUTAVA TUDO,
JÁ QUE FOI CONSTRUÍDA EM PAREDE DE MEIA
OS DIAS PASSAVAM COMO DEVIAM
ÉRAMOS FELIZES E NÃO ERA PRECISO ENTENDER DE ECONOMIA

Moisés Cklein
Enviado por Moisés Cklein em 02/04/2010
Reeditado em 02/04/2010
Código do texto: T2173992
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