Como brasa
 
Em sua presença, eu perco a fala;
como se estivesse próximo à brasa,
percorrendo o corpo, o calor cala.
Na pele, muita emoção extravasa...
 
Somente pelo sopro da sua voz,
acende a fogueira. Numa explosão,
nas entranhas, um remelexo atroz,
tempo em que, apaga-se a solidão...
 
As palavras ditas, como carícias,
atiçam o instinto, eriçando os pelos,
todas soando, como suaves sevícias...
 
Fecho meus olhos. Aumenta o fogo,
As mãos se enroscam pelos cabelos;
para tanto desejo, apenas, meu rogo...
 
Oswaldo Genofre & Nelma Barbosa

Observação: Este soneto foi composto em parceria com a poetisa Nelma Barbosa. Por um lapso meu, impoerdoável, coloquei sem o mérito do seu nome, a quem peço desculpas publicamente.
Oswaldo Genofre
Enviado por Oswaldo Genofre em 28/03/2010
Reeditado em 29/03/2010
Código do texto: T2164604
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