Bandos
Passam os bandos!
Ah! Como eu queria ser um elefante
e voar cantando.
És de mim o teu mais suave toque,
O que me desmonta até a alma
e me embala manso e de prazer me cala.
Deslizas em meu corpo sem fazer morada
e és um imã a imantar-me a alma
nos extremos dos opostos do abstrato.
Vai ser sempre assim:
teu paraíso me promete mágoas
e tu bem sabes e tu bem sabes,
que nada eu sei de ti nem tu de nós bem sabes.
Passam os bandos
porque os elefantes voam
e o meu amor no teu povoa
tantos beijos sem asas...