Descaminhos
Noite alta.
Céu e terra misturam-se,
no mesmo negro,
no mesmo escuro.
Em talhes perfeitos,
sombras, rostos,
corpos bem feitos,
imensos, flamejantes...
Qual presa,
sem esperanças,
sem anseios, sem semente,
vaga a noite, como serpente...
É preciso, no espaço vazio,
não mais a vã procura,
de desejos imaginários,
em um mar hostil...
Mais que a própria vida,
não mais um, sim vários,
percorrerão seus descaminhos...
Oswaldo Genofre
Noite alta.
Céu e terra misturam-se,
no mesmo negro,
no mesmo escuro.
Em talhes perfeitos,
sombras, rostos,
corpos bem feitos,
imensos, flamejantes...
Qual presa,
sem esperanças,
sem anseios, sem semente,
vaga a noite, como serpente...
É preciso, no espaço vazio,
não mais a vã procura,
de desejos imaginários,
em um mar hostil...
Mais que a própria vida,
não mais um, sim vários,
percorrerão seus descaminhos...
Oswaldo Genofre