Absoluto

Quando tento ser

Nem consigo chegar perto

Nada quero despertar

E consigo conquistar

Sou um ponto sem final

Quando pontos me acusam

Denuncio minha chegada

No silêncio que provoco

Ainda temo o amanhecer

Espero o que não vivi

Vamos deixar assim

Algo inacabado pra contar

Histórias imaginadas

Nas noites de solidão

Somente a nós pertencerá

A vontade escancarada

De não ver o que queremos

Refúgio ilógico de renúncia

Esforço inútil de ocultar sentidos

Semente brotando

Em bruto diamante ilapidável

Ana Maria de Moraes Carvalho
Enviado por Ana Maria de Moraes Carvalho em 25/03/2010
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