Becos do mal.

Sem um destino previsto,

Nada pré-escrito,

Sem leme, nas costas dos mares,

No crepúsculo da noite,

Nas asas dos arcanjos,

Perdidos na noite,

Nas garras dos vampiros,

Na fonte do mal.

Dentro do ventre maldito,

Roubando, matando, sugando almas.

Acorrentados num calabouço,

Crucificados nos matadouros como animais.

Nos becos sem saídas,

Como feras enjauladas,

Buscando se libertar,

Fugindo da punidade,

Da morte em geral.

Fugitivos procurando abrigos,

Dentro do labirinto da vida,

Como se fossem pagamentos;

Se essas vidas quitassem suas dividas.

Sentiam-se como dividendo,

Horrendo, morrendo,

Como um mercado de pecado,

Super carregados,

Num mundo louco,

Onde todo mundo tira um pouco,

Usa abusa e joga fora.

E a morte vem chegando,

No éden adormecido, o jardim perdido.

Cláudio D. Borges

poeta cláudio
Enviado por poeta cláudio em 24/03/2010
Código do texto: T2156841
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