Transparência

Nada estava no lugar

O coração saltava pela boca

Os olhos fitavam um horizonte perdido

Nos pés a vontade de correr

Nas mãos um vazio frio, solitário

O pensamento voava solto pelo tempo

A agonia fazia parte da sinfonia do silêncio

Onde a dor tem sempre lugar

O sabor amargo escondia o sal

Até que as lágrimas chegaram

Limparam a angústia da alma

Trouxeram o sal à saliva

E ela sentiu a leveza do ser

Ana Maria de Moraes Carvalho
Enviado por Ana Maria de Moraes Carvalho em 24/03/2010
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