Quando eu quero
Sempre imagino o palco
Crio o cenário
Invento o papel
Sempre estarei navegando
Se quiser parar
Invento um cais
Se quiser seguir
Nado mais
As vezes sou protagonista
Outras coadjuvante
Outras fico nos bastidores
Sou dona de minha vontade
Meus desejos são meus
Eu, marionete de mim
Escondo meu rosto pra não chorar
Mostro meu sorriso pra ser feliz
Crio o monstro da insensatez
Desarrumo teus cabelos
Beijo tua boca
Abraço teu abraço
Te quero distante
Para continuar dona de mim
Parte, vai, sem rumo
Te busco depois da tempestade
Vou invadir tua cabeça
Queimar teus pensamentos
Dilacerar tua alma
Encher teu desejo
Despertar teu querer
Pra que busques em mim
Teu cais, teu porto
Sem nunca encontrar
O que eu desejo seguir
Invento o tudo
Te dou o nada
Pra que voltes um dia
Com fome de mil anos
Te espero pra saciar
Nossa vontade
De navegar, navegar....