Quando eu quero

Sempre imagino o palco

Crio o cenário

Invento o papel

Sempre estarei navegando

Se quiser parar

Invento um cais

Se quiser seguir

Nado mais

As vezes sou protagonista

Outras coadjuvante

Outras fico nos bastidores

Sou dona de minha vontade

Meus desejos são meus

Eu, marionete de mim

Escondo meu rosto pra não chorar

Mostro meu sorriso pra ser feliz

Crio o monstro da insensatez

Desarrumo teus cabelos

Beijo tua boca

Abraço teu abraço

Te quero distante

Para continuar dona de mim

Parte, vai, sem rumo

Te busco depois da tempestade

Vou invadir tua cabeça

Queimar teus pensamentos

Dilacerar tua alma

Encher teu desejo

Despertar teu querer

Pra que busques em mim

Teu cais, teu porto

Sem nunca encontrar

O que eu desejo seguir

Invento o tudo

Te dou o nada

Pra que voltes um dia

Com fome de mil anos

Te espero pra saciar

Nossa vontade

De navegar, navegar....

Ana Maria de Moraes Carvalho
Enviado por Ana Maria de Moraes Carvalho em 23/03/2010
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