NOA
Mais uma vez inicia minha noa.
Noctâmbulo nas grafias que jazem
No sepulcro das palavras.
Almejo vislumbrar
No criado-mudo de Hades,
Línguas mortas, desvarios psicossomáticos
De corpos esquecidos,
Dissipados na cinza do tempo.
Tempo, meu caro tempo...
Díscolo, dissimulado incentivador das
Dismnésias
Dos sicofantas.
Renegados do passado,
Heróis do futuro
No presente de hoje,
Passado de amanhã
Tornando-o agora
Pretérito do futuro
Onde,
Tudo passa,
Lava e melhora.