Veneração
A boca do mundo do céu de tua boca,
grita sem medo,
guarda segredos,
suja minha roupa!
Quando jogastes as flores eu nasci jardim,
fugi de ti,
achei-me em mim,
redesenhado da sorte.
Sou pura emoção e imagem repartida,
tremo na lucidez de minha ira
e vergo-me a ceder à humildade.
Quem não cede não me tem.
Sou louco por alguém que de mim nada sabe
e quando me olha nada vê...
porque...
em mim também, dela, nada arde,
e jamais quis saber quem sou,
o que faço e o que venero.