O amor de Fedra
O meu amar
O meu amar equilibra-se
entre o sim e o não.
Desnudo
aparece nas imagens
editadas no ano 2100
e endoidece
Jung e Lacan.
De bom humor,
estala os dedos,
pisca os olhos.
Escreve recados,
num domingo sem sal.
Desliza nas ondas,
nas linhas e nas ruas,
onde pintam de azuis
as janelas do trem.
Segue.
Leva nas mãos um leque de plumas
e se refresca no corpo de Zeus.
O meu amar revela-se nas trilhas
do verde,
desmolha-se nas paisagens.
Insano,
assanha os cabelos de Fedra,
foge da fúria e do fogo,
se entrega aos olhares
de Medusa e Prometeu.