O amor de Fedra

O meu amar

O meu amar equilibra-se

entre o sim e o não.

Desnudo

aparece nas imagens

editadas no ano 2100

e endoidece

Jung e Lacan.

De bom humor,

estala os dedos,

pisca os olhos.

Escreve recados,

num domingo sem sal.

Desliza nas ondas,

nas linhas e nas ruas,

onde pintam de azuis

as janelas do trem.

Segue.

Leva nas mãos um leque de plumas

e se refresca no corpo de Zeus.

O meu amar revela-se nas trilhas

do verde,

desmolha-se nas paisagens.

Insano,

assanha os cabelos de Fedra,

foge da fúria e do fogo,

se entrega aos olhares

de Medusa e Prometeu.

Raimundo Lonato
Enviado por Raimundo Lonato em 14/03/2010
Reeditado em 14/03/2010
Código do texto: T2138205
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