Hoje, silêncio!
 
 
Sigo agora, em um silêncio imerso,
talvez, esperando um novo momento.
Sigo agora, ao sabor do velho vento,
nos ditados da pena, o mesmo verso...
 
Embalsama-me o corpo, a saudade.
Fogem os instintos, antes despertados,
em velhos poemas, todos já guardados.
Resta-me, então, a torpe animosidade...
  
Espero amanhã  verso mais sorridente.
Mesmo na ausência, um coração sente,
toda a desesperança que a boca mente...
 
Dispersa ao vento, essa poesia segue.
Ditará o novo dia, não há quem negue,
que o poeta a declamará alegremente...
 
Oswaldo Genofre
Oswaldo Genofre
Enviado por Oswaldo Genofre em 13/03/2010
Código do texto: T2135605
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