SUTIL ALMA DE POETA
Quem é, oh poeta!
Que surge do nada,
Que em cada verso soletra,
Amor e dor, à rima atada.
Quisera sabê-lo mais, seu mundo,
Mas da alma não se extrai o sumo,
Cada palavra apenas extrai do fundo,
Pouco da vida que traça-lhe o rumo
Intriga, confunde, encanta...
Não se sabe o que lhe vai ao íntimo,
Ora chora em versos, ora canta.
Meandros da mente, caminhos,
Despertado do inerte inconsciente,
Deslancha em poesia, os seus carinhos.