Jóia rara
 
Ao vê-la, revelando todas tuas formas,
Diga-me, de qual fonte bebe tua água,
ou se, da tua vida, quais são as normas,
pois, não envelheces, nem tens mágoa.
 
Não diga os anos. Se já foram tantos,
ao contemplar teu belo corpo, padeço.
Ainda nas belas formas, meus encantos.
És jóia rara. Todo o pecado ao avesso.
 
Para tê-la, ofereço-me sem armadura.
Sem tocá-la, em delirantes vendavais,
os meus sentidos em desejos sensuais...
 
Quero-te, qual uma borboleta indefesa,
ainda que mergulhada na tua incerteza,
na entrega total desta doida loucura...
 
Oswaldo Genofre
Oswaldo Genofre
Enviado por Oswaldo Genofre em 08/03/2010
Código do texto: T2127127
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