Olhos verdes

Aqueles profundos olhos verdes como duas esmeraldas

me olhando com doçura e com sensualidade meiga

uma meiguice que me assusta e me conforta por dentro

um olhar doce como um chocolate, que alivia minha ansiedade...

Minha vida se resume a falsas lembranças, tão remotas e lívidas

uma sensação de dejavu, um sentimento interno de perigo

sinto o desconhecido procurando um norte dentro de mim

uma onda gigante que vem com fúria e lava minh'alma de paixão...

Meu olhar... Ahh!!! O meu olhar tão distante e pensativo

e tão ligado a um mundo de passados e futuros distantes

mundos que não são encontram, mas estão no meu elo mágico

engarrafados em uma garrafa, juntamente com uma poção mágica...

Tenho muito receio de estar me embriagando nesse mel

um mel que aparentemente está com gosto de proibido e fulgaz

deliro em sonhos, mas também tenho devaneios viris e libertinosos

fantasias vis, descarregando em versos todos os desejos cruéis...

Repentinamente solto gargalhadas aos quatro ventos

sento em um cavalo alado, acompanhado pelo luar de verão

cavalgo por universos paralelos e longínquos de olhar sombrio e senil

abro os braços para o abismo logo abaixo, e não me encontro...

Enclino a cabeça, meus longos e aloirados cabelos esvoaçam

sobre a névoa noturna de Saturno, passo por Júpiter e Marte

aterriso com meu cavalo branco em Netuno, e num piscar de olhos

estou na luminosidade da lua, olhando para os olhos do Dragão...

Bruno Sacilotto
Enviado por Bruno Sacilotto em 05/03/2010
Reeditado em 19/03/2010
Código do texto: T2120905
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