Purgatório
Estamos preso ao pensamento
O que pensamos
Fazemos
Não pergunte a razão
O universo pertence ao inconsciente
Temos de viver deste jeito
Longe do que achamos perfeito
Longe do amor e da ilusão
Não escrevemos a história
Foi o destino
Quem trouxe você
As estas sujas mãos
Súplicas renitentes
Palavras que puxam
Cordéis de títeres
Escravos da paixão
Deixamos pegadas solitárias
Que as ondas esquecem
Memórias de vento
Chuvas de verão
Não sabemos o motivo
De aceitarmos o porão da vida
O que não é um direito
Ou que não é um fato
Acordamos como um fardo
Jogados no chão do tempo
Rocinantes etéreos
Desígnios rutilantes
Estamos presos ao pensamento
O que pensamos
Fazemos
Não pergunte a razão