Ô BUDEGA!

Estou entre as lanças dos abomináveis

Homens dos quartéis

Que as apontam para mim.

Todas ferem meu coração.

Jorra sangue que os dragões “enternados”,

Eternos/nada,

Bebem em cálices cristalinos.

A platéia insiste ansiosa no combate

E pede mais, e aplaude.

No primeiro combate

Continuo imbatível,

Sou osso duro de roer.

Teço um plano elaborado

E vou para o segundo “round”.

O cerco se fecha.

As arma/duras se impõem

E tentam amedrontar-me.

Eu estou vivo

n/terra de mortos,

de almas penadas,

n/purgatório do poder.

Encadeio minhas forças

E do alto de uma torre

Disparo rajadas de minha metralhadora anti-autômato.

E estouro os olhos da hipocrisia

Que paira sobre nosso cotidiano.