Grito no vazio

Num lago onde a luares

soltam as cores,

descansam meus olhos

molhados no azul.

Ouço os mares e as folhas.

Ouço versos estranhos

quando tropeço na relva

e nos galhos secos

impedindo passagens.

Confusas são as imagens

no espelho onde perdemos

a alma.

Fogem as palavras

embaralhadas no escuro

da boca aberta

a gritar no vazio.

Corpos se abraçam,

em silêncio, se amam.

Encontro-me nas fotografias

e no ar fresco das manhãs.

Eu amo e não derramo palavras.

Raimundo Lonato
Enviado por Raimundo Lonato em 26/02/2010
Código do texto: T2109706
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.