IDENTIDADE
Nunca soube bem
Que tipo de poeta eu seria,
Queria ser poeta de alguma forma
Porque eu já era triste
Disso eu já sabia...
Logo aos dez, onze , doze, treze?
Rabiscava todo papel em branco
Nem imaginava que o amor fosse dor
Essa coisa maluca que atreve
Eu não sabia que o vazio era tanto...
Queria ser um poeta bacana
Desses que recita em público
Mas minha utopia sacana
Achou de delegar poderes
Para o meu pensamento estúpido...
Ah, eu nem sabia o que era poesia
Só sentia essa espécie de torpor
Eu não tinha a mínima idéia
Do que eu faria com as palavras
Elas eram fadas e eu,o horror...
Hoje componho histórias
Umas e outras coisas do bem
Busco ainda esse artista bacana
Que vive dentro das minhas quimeras
E quem dera, me quisesse também!!!