O RIO (a chuva)
Caminho novamente á margem do rio.
E agora tudo me parece mais alegre.
As águas agora são límpidas.
E com a transparência das águas,
Se o tempo nos permitissem
Até contaríamos as pedrinhas que existem lá embaixo.
Agora, o rio, corre e ri.
Já não sente mais sede,
Já não se lamenta mais,
Recolhe cada gota da chuva
E vai juntando e guardando em seu seio.
É como se abraçasse cada gota matando saudades dos velhos tempos.
E para seu maior contentamento, os peixes vão aos pouco descendo e subindo sob ás águas
Que de tão ansiosas, rumam a mais esplêndida cachoeira.
O está feliz porque chove!
Agora Ela fica ali escondida entre as árvores e montanhas,
Logo abaixo do rio.
Imaginem, quando já está bem próximo da cachoeira,
O rio se agita, e as águas que agora são bravas.
Não riem mais, dão gargalhadas.
Estamos na cachoeira e as águas despencam lá embaixo,
E o rio continua seguindo seu rumo, cantando e sorrindo.
O rio agora está contente.
A seca acabou.
Chove por aqui.
O rio que antes seguia triste e desfalecendo, agora tem vida. É como se o rio cantasse, agradecendo ao alto, a chuva que antes recusava-se a lhe dar de beber.
E que agora o faz transbordar trazendo de volta alegria e contentamento.
O ria ele tem lágrimas de sobra, mas já não precisa chorar. Ele está feliz.
Feliz e realizado, porque chove...