Enigma
Enigma
(Alex Louzada)
Velo pelo termo onipresente (Termo esse que não compreendes)
Cego nos desejos congruentes, pelos quais somos competidores
Velho nos conceitos, iguais na pose
Nem sei se existarão novos tempos
Se existirem, quero pluralizar e encontrar outros amores
No ártifice desse antídoto lê-se tédio
No cálice como um brinde cresço e verso
Os versos que anti-verso se versou
Vivo por amor sem mais além
Colho no final e me vejo aquém
Junto só palavras e sei que só isso não sou
E sei que não és também
Qual é a melanína presente em maior quantidade na tua cor?
Velo pelo termo e em troca só temor
Cego perâmbulo no castelo
Nesse elo de eterno dissabor
Prezo pelo que sei, serei e sou
No céu onde o meu mar naufragou
Por amar a quem jamais me amou
E me envenenou com as águas dos cactos que são tóxicos
Me embebedou com teu simples expressar corpóreo
Me intoxicou pela fumaça de ódio e rancor
Só escrevi isso já que essas rimas me alívia
E me faz entender melhor esse enigma