Enigma

Enigma

(Alex Louzada)

Velo pelo termo onipresente (Termo esse que não compreendes)

Cego nos desejos congruentes, pelos quais somos competidores

Velho nos conceitos, iguais na pose

Nem sei se existarão novos tempos

Se existirem, quero pluralizar e encontrar outros amores

No ártifice desse antídoto lê-se tédio

No cálice como um brinde cresço e verso

Os versos que anti-verso se versou

Vivo por amor sem mais além

Colho no final e me vejo aquém

Junto só palavras e sei que só isso não sou

E sei que não és também

Qual é a melanína presente em maior quantidade na tua cor?

Velo pelo termo e em troca só temor

Cego perâmbulo no castelo

Nesse elo de eterno dissabor

Prezo pelo que sei, serei e sou

No céu onde o meu mar naufragou

Por amar a quem jamais me amou

E me envenenou com as águas dos cactos que são tóxicos

Me embebedou com teu simples expressar corpóreo

Me intoxicou pela fumaça de ódio e rancor

Só escrevi isso já que essas rimas me alívia

E me faz entender melhor esse enigma

Alex Louzada
Enviado por Alex Louzada em 11/02/2010
Reeditado em 11/02/2010
Código do texto: T2081895
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