DEMORA

Tua demora

É dor lancinante

É tempo que dilacera

Minha alma aos poucos

Na colcha de retalhos que me transformou

Pedes que eu espere, mas...

Mal sabes de mim

Que sou ânsia pura de viver

Que sou louca e não temo o sofrer

Que cada dia para mim é ouro puro

Na mania de atuar e esquecer

Mal sabes que sou um ser

Afoito em cada ato que sinto

Que nunca vou te esperar

Mesmo que eu diga que sim...eu minto

Porque a cada esquina encontro e provo um novo ser

Então...

Não mais te acharei interessante

Esquecerei de tuas histórias

desculpas tolas, beijos rápidos e tramóias

Se soubesses como sou fugaz

Nunca me pedirias a espera longa

Nunca diria este teu discurso reto

De que tudo acontece a seu tempo certo

Em minha vida não há tempo para nada

Pois o mais certo sou só eu quem faz

E se certo não for

Logo saberei, pois fora fugaz

Então largue sua rotina,

seus medos, segredos

largue estes livros que nada sabem

largue esta historia que te prende a tão pouco

vem pra rua saborear a noite

vem viver no meu mundo

e saber que sou aquela que te toca mais fundo

e contenho talvez o significado

de um novo viver...

Adriana Alves (Poetisa Lancinante)
Enviado por Adriana Alves (Poetisa Lancinante) em 11/02/2010
Código do texto: T2081330
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