ObsidiANA (Pedra eu?)
Quando a vontade vem incontrolada
O frio se faz presente para que eu possa existir
Minhas cores variam de acordo com o tempo
Sou vidro, metal ou simples “algo” ainda escondido
Que classificação tem minha alma de vidro
Qual a expressão análoga para que eu possa chegar
Em que espaço estou inserida se nem corpo tenho
O vento e a água me fazem redonda, inteira, perfeita
Sinto o arco-íris em mim refletido para deleite de quem passa
Sou dura, por vezes macia, nem me sinto
Pedaço de arte insólita descoberta ao acaso
Se com cortes precisos me torno bonita
De que cor você me quer?
Minhas lâminas podem cortar
Sou adorno esquecido num canto
Ou simplesmente lágrimas rolando sem parar?