ObsidiANA (Pedra eu?)

Quando a vontade vem incontrolada

O frio se faz presente para que eu possa existir

Minhas cores variam de acordo com o tempo

Sou vidro, metal ou simples “algo” ainda escondido

Que classificação tem minha alma de vidro

Qual a expressão análoga para que eu possa chegar

Em que espaço estou inserida se nem corpo tenho

O vento e a água me fazem redonda, inteira, perfeita

Sinto o arco-íris em mim refletido para deleite de quem passa

Sou dura, por vezes macia, nem me sinto

Pedaço de arte insólita descoberta ao acaso

Se com cortes precisos me torno bonita

De que cor você me quer?

Minhas lâminas podem cortar

Sou adorno esquecido num canto

Ou simplesmente lágrimas rolando sem parar?

Ana Maria de Moraes Carvalho
Enviado por Ana Maria de Moraes Carvalho em 09/02/2010
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