ROBÔ ROBÓTICO
Aperto o "on"
atarraxo os parafusos
e sigo.
Desligo o "sensibility"
senão desencaixo da engrenagem.
Não penso,
apenas repito freneticamente versos
que me foram programados!
Na memória,
Guardo alguns poemas que não me dizem nada
e acredito que obedeço aos meus inúmeros comandos.
Ando devagar, meio cambaleante,
porque meu chão ,na verdade, seria outro.
Às vezes cometo o "error" do cansaço,
é quando todas as minhas luzes se acendem
mas mesmo assim, ninguém me vê!
Então, em silêncio e obediente, sigo a seguir.
Minhas antenas nunca sabem
-se é dia ou se é noite-
mas meu sensor robótico
me avisa que sempre é hora de continuar.
Quando entro em curto
sôo poucas rimas,
a procurar desesperadamente o meu "off",
Porém logo me reprogramam
porque aos robôs,
nunca nos é permitido parar.