A ILHA DA BRUMA ETERNA
Naquela ilha perdida envolta por bruma eterna,
um ser com semblante funesto anda sem norte!
De noite, esfomeado, adentra uma fria caverna
sob o olhar de um morcego que espia a sua sorte.
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Solitário em seu antro, faz de vermes sua ceia
e recorda de Ísis que sonhava em levar ao altar.
Uma noite, ao ouvir o canto de uma bela sereia,
ela mergulhou para as trevas no fundo do mar.
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Desde então ele se impôs ficar rondando na ilha
gritando ao vento, em cansativa e insana vigília:
Por que me deixastes sozinho? Volte para mim!
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O seu clamor sempre se perde no vazio - fugaz!
O tormento em sua alma aflita jamais terá fim
pois nas profundezas do oceano, agora ela jaz.
Nils Zen
Inspirado nos textos da grande colega Serpente Angel,
a quem dedico este soneto com muita amizade...
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Como um fantasma que se refugia
na solidão da natureza morta,
por trás dos ermos túmulos, um dia,
eu fui refugiar-me à tua porta!
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No alheamento da obscura forma humana,
de que, pensando, me desencarcero,
foi que eu, num grito de emoção, sincero
encontrei, afinal, o meu Nirvana
Interação de Serpente Angel
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